terça-feira, 16 de abril de 2013

Linha do Equador


Olá, crianças!

Entre as nossas primeiras aulas refletimos sobre a linha do Equador, uma linha imaginária que divide a terra, como costumamos dividir uma laranja, em duas partes iguais, que, no caso da Terra, costumamos chamar de hemisfério Norte e hemisfério Sul. Apesar de a linha ser imaginária, ela não foi "colocada" ali arbitrariamente: aquela é uma região específca, onde vários fenômenos podem ser observados em função das características que nosso planeta assume por ali.
Vejamos, por exemplo, como se comporta a água ao descer por um ralo estando no hemisfério Norte, no hemisfério Sul e bem em cima dessa linha:


 


Há, ainda outros fenômenos que podem ser observados ali, como este aqui:





No Brasil, a linha corta os Estados do Pará, do Amapá, do Amazonas e de Roraima, sendo que a capital do Amapá (Macapá) é a única capital cortada pela linha. Em Macapá, há um estádio de futebol, o Milton Correia, que é conhecido como Zerão (está localizado a 0 graus em relação à linha do Equador) e cuja linha do meio de campo "coincide" com a linha do Equador, ou seja, enquanto o goleiro de um time está no hemisfério Norte, o do outro está no hemisfério Sul e os demais jogadores cruzam este limite dezenas de vezes durante uma partida.
É importante observar a fotografia ao lado e refletir acerca do abandono, por parte de nossas autoridades, ao patrimônio desportivo, cultural e social no País. Vale lembrar que, hoje, o estádio passa por reformas em função da Copa do Mundo de futebol que será promovida pela FIFA no ano de 2014. No entanto, esta reforma tem a intenção de enquadrar este patrimônio no contexto da exploração turística e da capitalização de nossos bens que será promovida pelo evento, sob o discurso de que será positivo ao País pela geração de empregos, pela circulação de capital, pelo intercâmbio cultural. Alguns questionamentos merecem atenção: Quem serão os beneficiados e os prejudicados por este processo? Quais as condições dos empregos gerados? A quem vai servir o dinheiro arrecadado com impostos? Quem terá acesso a outras culturas, nossas crianças, muitas vezes usadas na prostituição infantil? E a última, mas não a menos importante: Quem paga a conta?

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